Tuesday, April 25, 2006

O tempo passa...


Niver da minha priminha. Post comemorativo. Ela era uma coisinha que eu ninava no colo. Achava lindo quando ela colocava os dois dedinhos na boca. Uma fofa! Se eu disser isso hoje em dia ela vai dizer que a estou chamando de gorda. Mas ela é linda. De corpo e alma. Parabéns viu minha flor? Você sabe o quanto eu te amo. Claro, segue o poema :)

Pequenina semente
Desabrochando em flor
Diz o que vem a mente
Sem qualquer pudor

Bailarina...
Saltitante...
Andarilha...
Ambulante...

Ladeira da Sé em Olinda
Sandália sem salto, Melissa
Saia rodada de chita

Menina amada
Tez de marfim
Às vezes amara
Humana, enfim
Ela é assim

Dandara

Wednesday, April 19, 2006

Sóneto


Não suporto barulho todo o tempo
Aprecio o silêncio, quarto mudo
Onde esqueço os problemas desse mundo
E num breve segundo me reinvento

Quando abelhas pousam em minha mente
Zunem alto coisas absurdas
Por retratos, poemas de Neruda
Meus sentidos vagueiam lentamente

São tão lentos que sôo preguiçosa
Não badalam e abalam tudo em mim
Filme antigo rodado em branco e preto

A cantiga esquecida ao relento
Os amigos, o amor, a vida, enfim
Surge linda, explosiva, ruidosa

Tuesday, April 04, 2006

Sede


Sede assim como o Sol do Deserto
Intenso, firme, completo, estéril
Revelando sempre seu ardor etéreo
Estejamos dele distante ou perto

Muito embora borboleta sejas
Em um suave casulo, doce crisálida
Preferes a forma, natureza árida
Neste mundo torpe de incertezas


Bela lagarta se assim pretendes
Em meu mundano modo de pensar
Não é possível alguém almejar
Nada sentir estando consciente

Porque dos males ainda o menor
E ser sensível é permanecer a prova
Conceber o mesmo de uma forma nova
Mas nada sentir é estar sempre só